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16 de março de 2021TAGT
16 de março de 2021Displasia da tróclea (Tróclea rasa)
A displasia se caracteriza por uma tróclea mais rasa do que o habitual. Pessoas com a tróclea displásica possuem menos estabilidade na articulação entre a patela e a tróclea, sendo este o principal fator predisponente para a luxação da patela.
Pessoas que não possuem a tróclea rasa dificilmente terão um episódio de luxação já que a energia necessária para deslocar a patela nestes casos será muito alta e provocará outras lesões antes que a patela consiga se deslocar, principalmente as fraturas ou rompimento dos ligamentos do joelho.
A imagem (A) mostra uma tróclea normal; a imagem (B) mostra uma tróclea rasa
Avaliação da displasia da tróclea
A displasia pode ser avaliada por radiografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
A escolha das imagens corretas para avaliar a displasia é fundamental. Quando o joelho está totalmente estendido, especialmente se o músculo quadríceps está contraído, a patela se localiza acima dos limites da tróclea. O contato entre os dois ossos se inicia com aproximadamente 10º de flexão, sendo que a tróclea é mais rasa na parte mais superior e vai se aprofundando nas porções mais inferiores. Assim, é raro que a patela se desloque quando o joelho está mais dobrado, uma vez que ela estará apoiada sobre a porção mais profunda e estável da tróclea.
Ao se avaliar o sulco da tróclea em um exame de tomografia ou ressonância magnética, é importante que se analise as imagens mais superiores, já que é ali que a patela se desloca. Ao se avaliar cortes mais baixos, pode-se ter a falsa impressão de um sulco troclear normal. Não é incomum que laudos mal feitos descrevam um sulco normal nestes casos.
Classificação da displasia da tróclea
A tróclea é considerada displásica quando o ângulo do sulco for superior a 150 graus na imagem mais proximal em que for possível visualizar a cartilagem da tróclea. Em alguns casos, a tróclea pode ser completamente plana ou mesmo apresentar uma convexidade ao invés de concavidade. Quanto mais grave for a displasia, maior o risco para deslocamento e maior o risco para o insucesso da cirurgia no caso de não correção da displasia.
Podemos classificar a displasia em 4 tipos, de acordo com a classificação descrita por David Dejour