Doença de Osgood-Schlatter

Médico ortopedista especialista em joelho e médico do esporte
Doença de Osgood-Schlatter

A doença de Osgood-Schlatter caracteriza-se por uma irritação da Tuberosidade Anterior da Tibia, proeminência óssea que serve de fixação para o tendão patelar, na parte da frente do joelho. Esta doença é classificada como uma apofisite, ou “inflamação da apófise”. Apófises são proeminência ósseas que servem de fixação para os principais tendões do corpo.

O problema acomete crianças / adolescentes durante ou pouco após o estirão do crescimento, quando há um aumento na força de tração dos tendões sobre as apófises, devido ao ganho de peso e de força. Além disso, a intensa atividade metabólica e o aumento na espessura da cartilagem apofisária faz com que o suprimento sanguíneo seja insuficiente para a apófise.

Incidência

Doença de Osgood-Schlatter

Até 10% das crianças envolvidas com esportes de risco nesta faixa etária são acometidos pela doença de Osgood-Schlatter. O problema é mais comum em meninos atleticamente ativos, mas a incidência tem crescido entre as meninas, devido ao aumento na participação esportiva entre elas. Meninos são mais acometidos entre os 10 e os 15 anos, enquanto as meninas são acometidas em faixa etária um pouco mais precoce, entre os 8 e os 13 anos, já que o estirão do crescimento tende a acontecer mais precocemente nas meninas. São descritos casos eventuais em pessoas com até 20 anos de idade, uma vez que o fim do crescimento nas apófises é mais tardio do que o fim do crescimento longitudinal.

A doença costuma regredir após a desaceleração do crescimento ósseo. 70% das pessoas apresentam a doença em um único joelho, e 30% apresentam ambos os joelhos acometidos.

O que o paciente sente?

Doença de Osgood-Schlatter

O paciente apresenta dor localizada sobre a tuberosidade da tibia, alternando períodos de melhora e piora. A dor ocorre inicialmente após a atividade física, mas em pacientes mais sintomáticos será sentida também durante a atividade.

Pode ocorrer aumento de volume sobre a apófise acometida, que se torna mais sobressalente. Nas radiografias, em alguns casos será possível observar a fragmentação da tuberosidade anterior da tíbia.

Tratamento

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Nas fases de agudização da dor, o tratamento envolve a aplicação de gelo, o uso de medicações anti-inflamatórias e o afastamento temporário das atividades esportivas de impacto.

Nos períodos de remissão da dor, as atividades esportivas podem ser retomadas e o tratamento envolve a correção de eventuais fraquezas e desequilíbrios musculares.

A maioria dos pacientes apresenta regressão completa da dor com a desaceleração do crescimento ósseo. Eventualmente, no entanto, a tuberosidade anterior da tíbia pode
permanecer mais proeminente do que no joelho não acometido.

 

 

 

 

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