A tendinite caracteriza-se pela inflamação do tendão flexor longo do hálux, tendão este que tem a função de “puxar” o dedão para baixo. O flexor longo do hálux é primordial para a impulsão do pé na caminhada ou corrida.
Acomete principalmente atletas de esportes que envolvem movimentos repetitivos de corrida, salto ou de subir na ponta do pé.
Corredores de longa distância, jogadores de futebol e ginastas são eventualmente acometidos, mas sem dúvida as bailarinas formam o principal grupo de risco, devido aos exercícios feitos com apoio na ponta dos pés / dos dedos.
Além da população atlética, pessoas que permanecem muito tempo de pé no trabalho, como enfermeiros e recepcionistas, apresentam risco para desenvolverem a tendinite do flexor longo do hálux.
Quais são os sinais e sintomas da tendinite do flexor longo do hálux?
- A principal queixa do paciente com tendinite do flexor longo do hálux é a dor no trajeto do tendão. A dor pode se localizar em diferentes pontos:
- No hálux (dedão), propriamente dito;
- Na parte interna do pé;
- Atrás da proeminência localizada na parte interna do tornozelo (maleolo medial). Pode haver edema no local da dor.
Locais da dor no paciente com tendinite do flexor longo do halux
Inicialmente, a dor acontece após a atividade física / esportiva. Com a progressão, passa a doer no início e após o exercício, para por fim doer ao longo de toda a atividade. Neste momento, o afastamento temporário do esporte costuma ser necessário.
A dor piora com atividades como caminhar, correr ou pular. Na dança, está associado ao trabalho de ponta ou meia ponta. A dor pode ser reproduzida no consultório tentando empurrar o dedão para baixo, contra uma resistência externa.
Tratamento para tendinite do flexor longo do hálux
O tratamento da tendinite do flexor longo do hálux deve ser sempre orientado por um ortopedista especialista em lesões no esporte, uma vez que outros problemas podem levar a uma dor semelhante.
Na fase aguda da dor, pode ser indicado o uso de medicações analgésicas ou anti-inflamatórias, o uso de gelo e o afastamento temporário da atividade esportiva. Muletas e órteses imobilizadoras na maior parte das vezes não são necessárias.
A fisioterapia pode lançar mão de técnicas de eletrotermofototerapia além de técnicas manipulativas.
Passada a fase aguda de dor, exercícios para fortalecimento serão importantes para permitir ao tendão adotar um novo nível de atividade sem que isso desencadeie dor, inflamação ou degeneração adicional do tendão. O fisioterapeuta ajudará com a progressão dos exercícios de acordo com a melhora da dor.
As atividades tanto cotidianas como esportivas devem ser dosadas de acordo com a intensidade da dor. Para fazer uma atividade, o paciente deve apresenta dor mínima durante o exercício e permanecer sem piora da dor por 24 a 48 horas após o treinamento. Em alguns casos, basta a redução no volume de treino. Em outros, pode ser necessário o afastamento temporário completo.
Principalmente no caso da dança, a avaliação e eventual correção técnica nos exercícios de ponta é fundamental, bem como a avaliação da sapatilha de ponta. Nenhum trabalho de fisioterapia ou fortalecimento será capaz de suprir uma eventual deficiência técnica ou de equipamento.
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