Lesões do Canto Posterolateral
19 de outubro de 2020Meniscectomia
26 de outubro de 2020Sutura de menisco
A sutura de menisco envolve a fixação com pontos da lesão do menisco, e deve ser o procedimento de escolha sempre que as características da lesão permitirem. A sutura visa devolver a estabilidade no lugar da lesão, permitindo que o menisco cicatrize e volte a ter sua função normal, da mesma forma como acontece ao se dar pontos na pele. Hoje em dia as técnicas e os materiais cirúrgicos para sutura evoluíram bastante, aumentando também o leque de lesões em que se consegue realizar o procedimento: se antes eram indicadas basicamente nas lesões verticais na periferia do menisco, hoje lesões radiais e lesões de raízes também têm sido tratadas em muitos casos com a sutura.
Pós-operatório
A cirurgia tem como objetivo manter o menisco rompido em seu local original, permitindo assim a cicatrização do mesmo. No pós-operatório, portanto, é preciso que se forneça as condições adequadas para que a cicatrização aconteça, caso contrário pode haver falha da cirurgia e a necessidade de novos procedimentos.
Diversos protocolos foram desenvolvidos para guiar o cirurgião no pós-operatório: alguns orientam manter a perna operada sem apoio, outros permitem o apoio precoce de peso; alguns orientam manter a perna imobilizada, outros liberam a mobilização precoce. Na prática, porém, cada lesão se comporta de uma forma e o pós-operatório deve ser sempre individualizado.
As lesões verticais, por um lado, tendem a ser comprimidas com o apoio do peso na perna operada, o que em tese ajuda na cicatrização, de forma que o apoio precoce tende a ser permitido. Já as lesões radiais, lesões horizontais ou das raízes dos meniscos tendem a se abrir com o apoio do peso, de forma que o paciente deve manter a perna sem apoio nas primeiras quatro a seis semanas.
A fisioterapia deve ser iniciada de imediato após a cirurgia, visando a recuperação do arco de movimento, a melhora da dor e do edema e a retirada progressiva das muletas. A velocidade com que isso é feita varia caso a caso, de forma que é importante que o médico cirurgião tenha acesso fácil para discutir a reabilitação com o fisioterapeuta e não simplesmente siga um protocolo padrão pré-determinado. Na dúvida, melhor que se siga um protocolo mais conservador do que outros “mais acelerados”.
Uma vez que o paciente esteja andando sem muletas, esteja sem dor e com arco de movimento completo ou próximo disso, o foco principal se volta para o fortalecimento e reequilíbrio muscular. No caso de atletas, isso será seguido por treinos de agilidade e gesto esportivo, para por fim liberar o retorno ao esporte, que geralmente é feito por volta de quatro a cinco meses após a cirurgia.