O ressalto do quadril caracteriza-se por estalidos ou cliques em certos movimentos dos quadris. Estes podem ser sentidos ou ouvidos pelo paciente ou até mesmo por pessoas próximas. Em alguns casos são bem evidentes, dando a impressão visual de que algo “saiu do lugar”. Ocorre principalmente na faixa etária dos 15 aos 40 anos e é mais comum em mulheres do que homens.
O estalido ocorre geralmente em decorrência do atrito de um tendão passando sobre uma proeminência óssea.
Existem três locais mais comuns onde isto ocorre no quadril:
Imagens: esquerda ressalto externo / direita ressalto interno
- Ressaltos externos: é o tipo mais comum de ressalto, ocorrendo em decorrência do movimento da fáscia lata (a musculatura lateral da coxa) sobre o trocanter maior (proeminência óssea do fêmur). São sentidos no lado de fora do quadril;
- Ressaltos internos: ocorrem devido ao movimento do tendão do Psoas (o músculo que faz a flexão da coxa) sobre uma estrutura óssea denominada de eminência íliopectinea. São sentidos na parte da frente do quadril, sendo o tipo mais comum entre os bailarinos;
- Ressaltos intra-articulares: associados a lesões intra-articulares como a de labrum ou à presença de um fragmento de cartilagem intra-articular solto.
Alguns pacientes apresentam dor com o ressalto, mas na maioria das vezes ele ocorre de forma indolor. Algumas pessoas conseguem reproduzir propositalmente o ressalto, através de movimentos passivos de rotação interna e externa do quadril associados à flexão e extensão do mesmo.
Eventualmente, esses ressaltos podem ser reproduzidos propositalmente pelo bailarino e, na maioria das vezes, não causam dor e não necessitam de tratamento específico. No entanto, quando dolorosos, exigem investigação mais detalhada.
As radiografias costumam ser normais, servindo para descartar outras patologias. A ressonância magnética permite identificar muitas alterações anatômicas do quadril, mas não demonstra o ressalto funcionalmente. O ultra-som dinâmico permite a identificação do ressalto durante o movimento, sendo a modalidade de imagem mais indicada para o diagnóstico.
O tratamento envolve basicamente o reequilíbrio muscular e a correção dos movimentos de acordo com a causa específica do ressalto em cada paciente. medicamentos analgésicos e antiinflamatórios podem ser utilizados na fase aguda. O tratamento cirúrgico pode ser indicado a depender da causa, normalmente na falha do tratamento clínico e na persistência dos sintomas.
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