Pós operatório de Ligamento Cruzado Anterior – Segundo e terceiro mês
6 de outubro de 2020Pós operatório de Ligamento Cruzado Anterior – Sexto e sétimo mês
6 de outubro de 2020Pós operatório de Ligamento Cruzado anterior
Quarto ao quinto mês
Descreveremos aqui os aspectos gerais do que se deve esperar ao longo do primeiro mês após a cirurgia de reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior. Orientações específicas do seu médico devem ser seguidas, uma vez que este processo pode ser alterado, por exemplo, em decorrência de eventuais lesões associadas.
A progressão deve ser guiada mais por critérios objetivos e subjetivos de avaliação do que pelo tempo cronológico pós-operatório e pode variar consideravelmente de acordo com as condições do paciente antes da cirurgia, a qualidade da reabilitação e a resposta individual ao tratamento.
O quarto mês após a cirurgia é um momento em que a fraqueza muscular ainda costuma ser significativa, mas isso acontece mais em decorrência da atrofia por desuso do que de um processo de inibição neuromuscular ainda presente. A fisioterapia ainda tem uma importância fundamental, principalmente na recuperação do equilíbrio e do controle neuromuscular.
Os exercícios de fortalecimento passam a ser guiados mais pelo condicionamento físico do que pelo estado de recuperação ligamentar. Em outras palavras, o foco passa a ser mais a musculatura e menos o ligamento. A avaliação de força por meio da dinamometria manual ou isocinética ajuda a direcionar os exercícios e servem como parâmetro para avaliar a evolução posterior.
Treino de corrida
O treino de corrida é iniciado três meses após a cirurgia, uma vez que apresente mobilidade completa e indolor do joelho e uma caminhada normal. Além disso, é interessante a realização de um teste de força, como a dinamometria manual ou isocinética. Perda de força superior a 30% de quadríceps ou posteriores da coxa em comparação com o joelho não operado são indicativos de que o foco deve continuar sendo no fortalecimento e não no retorno para a corrida.
Inicialmente a corrida deve ser em um terreno plano e sem irregularidades, alternando períodos de corrida e períodos de caminhada. Como referência, usamos as 8 etapas progressão descritas abaixo:
CAMINHADA | CORRIDA | REPETIÇÕES | |
ETAPA 1 | 5 min | 1 min | 5 |
ETAPA 2 | 4 min | 2 min | 5 |
ETAPA 3 | 3 min | 3 min | 5 |
ETAPA 4 | 2 min | 4 min | 5 |
ETAPA 5 | 1 min | 5 min | 5 |
ETAPA 6 | 2 min | 10 min | 3 |
ETAPA 7 | 2 min | 15 min | 2 |
ETAPA 8 | 2 min | 20 min | 2 |
A progressão deve ser feita com uma etapa por semana, o que significa que este protocolo tem uma duração de ao menos 2 meses. Caso o paciente apresente dor ou edema ao longo deste processo, o mesmo é interrompido e retomado na semana seguinte, na fase anterior àquela que desencadeou os sintomas. Os treinos devem ser feitos com ao menos 48 horas de intervalo entre as sessões.
Caso o paciente se sinta apto para isso, é possível complementar o treino de corrida com outras atividades aeróbicas, como a bicicleta ou a natação.