Inibição muscular na condromalácia

Fraqueza dos músculos quadríceps é comum em pacientes com condromalácia e pode afetar a função do joelho e contribuir para a dor do paciente. Pacientes com fraqueza do quadríceps terão dor que piora principalmente ao descer escadas ou ladeiras.

A perda de foça pode estar associado tanto à atrofia por desuso como com um processo de inibição neuromuscular.

• A atrofia é a perda real de musculatura que acontece por desuso. O paciente com condromalácia diminui as atividades devido à dor; como a musculatura é pouco utilizada, ela atrofia.
• A inibição neuromuscular representa uma interrupção na função dos nervos que conectam o cérebro ao músculo.  Toda vez que executamos um movimento, um sinal elétrico é enviado do cérebro para o músculo, fazendo com que este se contraia. Na presença de dor, esta sinalização é parcialmente interrompida, de forma que menos fibras musculares são recrutadas. Isso significa que, mesmo aquela musculatura que não foi perdida, não estará funcionando normalmente.

Ao realizar um exercício de força, apenas as fibras que não estão inibidas responderão com contração e movimento, enquanto aquelas que estão desligadas não irão se contrair. Sem ser usada, a musculatura vai gradativamente se atrofiando, gerando uma perda muscular secundária. Quanto maior a inibição, menor a eficácia dos exercícios de força, o que dificulta consideravelmente a reabilitação.

A inibição neuromuscular tende a ser maior quanto maior a intensidade da dor. Nestas condições, o fisioterapeuta poderá lançar mão de recursos como a estimulação elétrica funcional (FES) durante a realização dos exercícios. 

Vale ressaltar que este estímulo é diferente do TENS, que é uma outra forma de estimulação elétrica muito utilizada na fisioterapia e que tem como foco o alívio da dor. Neste caso, o estímulo não vem associado de exercícios e da contração voluntária da musculatura.