Fraturas da placa de crescimento
A placa de crescimento é a região responsável pelo crescimento longitudinal do osso, presente apenas em esqueletos imaturos. Pode também ser chamada de fise, placa epifisária, cartilagem epifisária ou cartilagem de crescimento.
A placa epifisária separa duas regiões do osso: a epífise (área próxima da articulação) e a metáfise (mais distante da articulação). É também composta por cinco zonas:
- Zona germinativa: formada por células indiferenciadas, que iniciarão o processo de “diferenciação” até a formação dos osteócitos (células do osso);
- Zona proliferativa: caracterizada pela proliferação dos condrócitos (células da cartilagem);
- Zona hipertrófica: as células passam por um processo de hipertrofia;
- Zona de calcificação: a matriz cartilaginosa começa a ser calcificada. Os condrócitos (células cartilaginosas) morrem;
- Zona de ossificação: células ósseas penetram na cartilagem calcificada e a substituem por tecido ósseo mineralizado.
Tipos de fraturas fisárias
As fraturas fisárias acometem, principalmente, a zona hipertrófica, que é a área mais frágil da cartilagem de crescimento. Eventualmente, o traço de fratura pode correr para as outras zonas. Dessa forma, as fraturas fisárias são classificadas em cinco tipos:
- Tipo 1: corre de um lado ao outro do osso pela zona hipertrófica;
- Tipo 2: é a fratura mais comum, sobretudo após os 10 anos de idade. A fratura inicia-se horizontalmente pela zona hipertrófica e, em seguida, sobe em direção à metáfise;
- Tipo 3: o traço origina-se horizontalmente pela zona hipertrófica e, depois, corre para a epífise;
- Tipo 4: traço vertical da fratura inicia na epífise, cruza a fise de crescimento e sobe para a metáfise;
- Tipo 5: trauma axial que leva à compressão da fise. Muitas vezes, não se observa a fratura propriamente dita nos exames de imagem, mas há o risco de comprometimento do crescimento normal do osso.
Tal classificação é de extrema importância porque as fraturas que acometem a zona germinativa (tipos 3, 4 e 5) apresentam potencial para interferir no crescimento ósseo e causar de formidades ou mau alinhamentos no joelho. Por essa razão, elas exigem o perfeito posicionamento entre os fragmentos das fraturas, enquanto que nas fraturas que não cruzam a zona germinativa (tipos 1 e 2) é aceitável algum grau de desalinhamento.
Tratamento
Como regra geral, as fraturas do tipo 1 e 2 apresentam bom prognóstico com o tratamento não cirúrgico. Já as fraturas do tipo 3 e 4 costumam ter indicação cirúrgica e as do tipo 5, ainda que tratadas de forma não cirúrgica, apresentam prognóstico ruim.
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