Artrodese na coluna lombar
21 de dezembro de 2020Artrodese na coluna lombar
21 de dezembro de 2020Estenose lombar
A estenose na coluna é o estreitamento dos canais ósseos pelos quais passam os nervos e a medula espinhal, restringindo o espaço para os nervos se moverem livremente. A estenose espinhal é frequentemente causada por alterações relacionadas à idade: artrite, discos protuberantes, esporões ósseos e ligamentos espessados. Eventualmente, pode acontecer em decorrência de fraturas, escorregamento da vértebra (espondilolistese) ou tumor ósseo.
O canal espinhal de quase todo adulto se estreita com a idade; no entanto, para a maioria das pessoas, isso não causa sintomas. O estreitamento do canal da raiz do nervo (estenose lateral) pressiona os nervos espinhais, causando inflamação e dor. O estreitamento do canal espinhal (estenose central) pressiona a medula espinhal causando inflamação e fraqueza.
A estenose pode acometer qualquer lugar ao longo da coluna, desde o pescoço (cervical) até a parte inferior das costas (lombar).
Sintomas da estenose lombar
Os nervos comprimidos ficam inflamados e causam dor, cãibras, dormência ou fraqueza nas pernas ou costas. Os sintomas geralmente se desenvolvem com o tempo ou podem ocorrer como um início repentino de dor. O paciente pode sentir uma dor de início gradual, mas as queixas também podem ter início mais repentino. O local da dor depende de qual a parte do canal espinhal se estreitou. Em alguns pacientes, a dor pode ocorrer apenas durante certas atividades, como caminhar.
Claudicação neurogênica: A estenose pode causar claudicação neurogênica, uma dor tipo cãibra acompanhada de fraqueza nas pernas, normalmente nas panturrilhas, que ocorre ao caminhar ou ficar em pé e desaparece ao sentar ou descansar. Inclinar-se sobre um objeto de apoio, como um andador ou carrinho de compras, pode ajudar a reduzir a dor ao caminhar. Isso acontece porque, ao flexionar a coluna, o canal medular tende a se abrir.
Dor e cãibras nas pernas também podem ser um sinal de claudicação vascular, que ocorre quando há um estreitamento das artérias da perna causado por doença arterial periférica. Uma forma de diferenciar clinicamente a claudicação neurogênica, característica da estenose, da claudicação vascular, é que a claudicação vascular piora ao subir uma ladeira ou escada e não é aliviada ao se curvar para a frente. O paciente com estenose lombar tende a tolerar bem a prática de bicicleta, devido ao posicionamento com o tronco inclinado para a frente.
Tratamento
Tratamento não cirúrgico
Medicamentos, injeções espinhais e fisioterapia podem ajudar a controlar os sintomas, ainda que não sejam capazes de reverter o processo de estreitamento do canal medular. Medidas como melhorar o posicionamento na cama, melhora da postura nas atividades do dia a dia e correção no movimento feito para levantar pesos pode ajudar no alívio dos sintomas.
Tratamento cirúrgico
A cirurgia mais indicada para o tratamento da estenose lombar é a laminectomia. O procedimento tem por objetivo abrir os canais ósseos pelos quais passam a medula espinhal e os nervos, criando mais espaço para que estes se movam livremente.
A cirurgia é realizada por meio de uma incisão na musculatura posterior. A lâmina óssea que forma a parte posterior do canal espinhal é ressecada; A lâmina forma um teto sobre a medula espinhal, de forma que sua remoção aumenta o espaço disponível para os nervos.
Em alguns casos, pode ser necessário realizar a fusão entre as vértebras envolvidas, o que é feito no mesmo ato cirúrgico da laminectomia, de forma a evitar a instabilidade da coluna e a dor decorrente desta instabilidade. Para isso, utiliza-se de uma combinação de enxerto ósseo, parafusos e hastes para conectar as vértebras adjacentes.