Concussão no rugby
12 de novembro de 2020Síndrome pós concussão
12 de novembro de 2020O futebol americano é um esporte que envolve choques frequentes e em alta velocidade entre os atletas, gerando um alto risco para a ocorrência de concussões. Relatos de atletas com sequelas neurológicas decorrentes de choques repetitivos contra a cabeça são cada vez mais comuns e envolvem inúmeros processos legais contra a NFL, entidade organizadora do esporte. Isso tem levado a alterações no regulamento e nos protocolos de atendimento aos atletas, buscando por um lado reduzir a incidência de concussões e, por outro, reduzir os danos após a ocorrência da lesão.
Alterações no regulamento
A partir de 2017, a NFL instituiu uma série de alterações no regulamento do futebol americano com o objetivo de aumentar a segurança do atleta, especialmente em relação às lesões na cabeça.
O bloqueio pelo “lado cego” foi proibido em 2019, assim como passou a ser considerada falta a pancada em jogadores do ataque que recebem passes em posições indefesas, nas quais não é capaz de ver o adversário chegando.
Houve mudança no chute inicial, ou kickoff, que passou a ser feito a partir da linha de 40yd, ao invés da linha de 35yd. Esta mudança isoladamente levou a uma redução de 68% dos casos de concussão.
O kickoff é considerado o lance mais perigoso do futebol americano, uma vez que a distância entre ataque e defesa é maior, fazendo com que os tackles aconteçam em uma maior velocidade.
Essa mudança torna os jogadores menos propensos a correr a bola para a frente, eliminando o potencial de colisões de alta velocidade durante os retornos do kickoff.
Tornou-se falta abaixar a cabeça e usar o capacete para iniciar o tackle.
Protocolo de concussão
Desde 2011, a NFL implantou um protocolo específico que é acionado em casos de suspeita de concussão. Este protocolo é revisado anualmente, com base nas análises de vídeo feitas dos casos de concussão.
Sempre que existe a suspeita de uma concussão, o protocolo é acionado. Isso pode ser feito pelo próprio jogador, pelo médico do time, médicos independentes, fisioterapeutas, técnicos, árbitros ou outros profissionais contratados pela NFL para supervisionar a partida.
Uma vez acionado, o capacete do jogador é retirado e o jogador é retirado do jogo. O atleta será então avaliado pelo médico do time e, caso exista dúvida sobre a condição do atleta, ele é levado para o vestiário e passa por um exame neurológico completo. Se o resultado não for normal, ele é retirado do jogo de maneira definitiva.
Além de deixar o jogo, o atleta só poderá voltar a atuar pelo seu time se passar por uma outra avaliação independente feita por um médico credenciado pela liga.