Alimentação pós treino
4 de março de 2021Aspectos nutricionais do atleta idoso
4 de março de 2021O gasto energético total das atletas mulheres, apesar de superior quando comparado ao gasto de mulheres sedentárias, é na maioria das vezes inferior ao gasto dos jogadores do sexo masculino. Um dos motivos para isso é que a mulher possui, proporcionalmente, maior quantidade de gordura e menor massa muscular quando comparado aos atletas homens da mesma modalidade. Ainda assim, a mulher é mais vulnerável a desenvolver deficiências energéticas relacionadas à prática esportiva, por uma série de motivos:
- Mulheres são mais propensas a praticarem esportes nos quais se cultua o físico magro, incluindo o ballet, a ginástica, natação artística (nova denominação dada ao nado sincronizado) e saltos ornamentais.
- Independentemente da modalidade esportiva, mulheres são culturalmente mais propensas a buscarem um corpo mais magro e a restringirem o consumo energético por questões estéticas;
- No esporte de alto rendimento, é menos comum que a atleta tenha um acompanhamento próximo de nutricionistas.
A deficiência energética relativa no esporte (RED-S) pode acometer tanto homens como mulheres, mas é mais comum entre as mulheres. Entre as consequências da deficiência energética incluem-se as alterações no ciclo menstrual e a osteoporose, com maior risco para fraturas por estresse. Isso foi descrito anteriormente como a Tríade da Mulher Atleta. Toda a mulher atleta deve ser avaliada pelo médico do esporte na presença de qualquer um destes sinais.
As perdas de sangue provenientes da menstruação fazem também com que a mulher atleta fique mais vulnerável para as deficiências de ferro. A deficiência de ferro é a deficiência nutricional mais comum entre atletas e é especialmente prevalente entre as mulheres. O ferro é um elemento fundamental para o transporte do oxigênio no sangue e sua deficiência pode ser a causa de anemia, o que pode provocar fadiga e queda no rendimento esportivo.