SHBG
11 de fevereiro de 2021TSH e T4L
11 de fevereiro de 2021Testosterona
A testosterona é um hormônio sexual encontrado em abundância no corpo masculino, mas que também tem uma dosagem mínima ideal no corpo feminino. Nos homens, a testosterona é produzida nos testículos, enquanto nas mulheres ela é produzida nos ovários.
A testosterona é necessária para promover a síntese de proteínas, produção de glóbulos vermelhos no sangue e para a reposição de glicogênio (carboidratos) no fígdo e músculos. A falta de testosterona é denominada de hipogonadismo, podendo levar a sintomas como diminuição da libido, disfunção erétil, Irritabilidade e cúmulo de tecido adiposo. A testosterona é também um potente estimulador da síntese proteica, que é essencial para o aumento de massa muscular. Esta é a justificativa para sua disseminação entre atletas.
A testosterona circula em nosso organismo em três diferentes formas:
- Aproximadamente 50% encontra-se fortemente ligada a uma proteína chamada de SHBG (Sex hormone binding globulin / proteína ligadora dos hormônios sexuais). Quando ligada à SHBG, a testosterona está em uma forma inativa, sendo incapaz de exercer sua ação sobre os tecidos;
- Outros 50% estão fracamente ligados à albumina, principal proteína do nosso corpo, sendo por isso considerada uma forma de testosterona biodisponível;
- Apenas 2% do total de testosterona encontra-se livre no sangue e pronta para atuar nos tecidos.
Idealmente, devemos avaliar os níveis de testosterona livre, que é a forma que é a forma ativa da testosterona e que está mais relacionada aos sintomas. A testosterona livre, porém, é complicada de ser mensurada e os resultados são menos fidedignos, de forma que em uma avaliação inicial o que se costuma aferir é a testosterona total. Na presença de uma testosterona total baixa, é preciso repetir o teste ao menos uma vez para confirmar o resultado, uma vez que os níveis de testosterona flutuam ao longo do dia.
A testosterona total também apresenta uma flutuação significativa ao longo do dia, de forma que, na presença de um resultado de testosterona baixo, o teste deve ser repetido ao menos uma vez para se conformar o diagnóstico. O exame deve ser feito sempre pela manhã, que é quando a testosterona costuma estar mais elevada.
Não existe um consenso de qual o valor limítrofe para o diagnóstico da deficiência de testosterona e isso também pode variar de acordo com o método de análise, sendo importante avaliar qual o valor de referência do laboratório. Os valores de referência costumam variar entre 200 e 300 como medida de corte.
Na presença de um nível baixo de testosterona total confirmado por um segundo exame, outros exames devem ser solicitados, incluindo a SHBG e os hormônios hipofisários gonadotróficos (FSH e LH).
Relação testosterona / cortisol
Além de monitorar testosterona e cortisol separadamente, avaliar a proporção entre estes dois hormônios (razão T: C) pode fornecer uma indicação de como está o equilíbrio anabólico-catabólico, especialmente em atletas do sexo masculino. A relação T: C é considerada mais sensível ao treinamento do que cada um destes hormônios isoladamente. A redução sustentada na razão T: C está associado a perda muscular e é um indicador de overtraining e recuperação pós treino insuficiente.
A relação de outros hormônios, como SHBG ou DHEA-S em relação ao cortisol pode fornecer informações adicionais sobre o equilíbrio anabólico a catabólico em atletas do sexo masculino e feminino.
A desidroepiandrosterona é um hormônio precursor do estrogênio e testosterona. Além de afetar a composição corporal em atletas, a redução do DHEA em relação ao cortisol é um indicador de overtraining para a mulher atleta.