Avaliação Musculoesquelética
22 de dezembro de 2020Avaliação nutricional do corredor
22 de dezembro de 2020Avaliação cardiológica
Todo o corredor com o objetivo de treinos regulares, competitivos ou não, deve ser submetido a uma avaliação cardiológica preferencialmente a cada dois anos. Frequência maior pode ser indicada a depender da presença de fatores de risco cardiológicos, incluindo a idade.
Alguns problemas cardiovasculares podem acometer o atleta assintomático e aparentemente saudável e colocá-lo sob maior risco de eventos cardiovasculares graves. A avaliação deve incluir ao menos um eletrocardiograma, mas pode incluir também outros exames a depender do caso, como o teste de esforço (ergoespirométrico) ou ecocardiograma.
O teste esgoespirométrico se inicia por um período de aquecimento seguido de corrida na esteira com velocidade progressiva até uma intensidade máxima (velocidades submáximas podem ser usadas a depender da condição clínica do atleta) e, por fim, um período de recuperação. Durante o teste, o atleta tem sua frequência cardíaca e pressão arterial aferidos, além de ter os parâmetros eletrocardiográficos e as trocas gasosas monitorados.
O teste ergoespirométrico pode ser solicitado com dois diferentes objetivos:
- Identificação ou avaliação de eventuais problemas cardiológicos que se manifestam apenas durante o esforço, especialmente as arritmias. A capacidade máxima de consumo de oxigênio (VO2Máx) é também o melhor indicador da saúde cardiopulmonar.
- A avaliação das trocas gasosas pode servir também como parâmetro para a prescrição do treinamento. A partir dos dados de trocas gasosas, é possível identificar a capacidade máxima de utilização do oxigênio (VO2Máx) e qual o mecanismo de geração de energia predominante em cada velocidade. Uma vez que o comportamento de trocas gasosas tem uma relação direta com o consumo de oxigênio, esta informação permitirá ao treinador determinar qual a zona ideal de frequência cardíaca no treino, a depender do objetivo específico de cada treino.