Atividade física em pacientes com doença coronariana
27 de janeiro de 2021Atividade física para o idoso diabético
27 de janeiro de 2021Atividade física para pacientes hipertensos
A atividade física é importante não apenas para a prevenção, mas, também, para o tratamento da hipertensão arterial. Os mecanismos responsáveis pela redução da pressão arterial induzida pelo exercício não são completamente definidos, mas provavelmente existem diferentes mecanismos interligados que contribuem para isso.
O exercício físico por pacientes hipertensos reduz o risco de complicações cardiovasculares em 25% no período de 10 anos, mas esta resposta é variável de paciente para paciente. Isso acontece provavelmente em decorrência na variação dos mecanismos responsáveis pelo desenvolvimento da hipertensão arterial.
O treinamento cardiovascular (aeróbico) é o modo de exercício mais eficaz na prevenção e tratamento da hipertensão. Isso decorre das diferenças quanto à resposta fisiológica do corpo frente ao exercício:
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Exercícios aeróbicos aumentam a demanda por oxigênio nos tecidos e, para isso, o sangue precisa circular mais rapidamente. Isso é obtido por meio de uma maior frequência cardíaca e um aumento da pressão sistólica, sem
alteração da pressão diastólica. - No caso dos exercícios de força, o sangue sofre uma maior resistência para circular pelos tecidos. Isso leva a um aumento tanto na pressão sistólica como diastólica, que será proporcional à massa muscular e ao esforço.
Exercícios de intensidade moderada parece ser os mais eficazes para reduzir a pressão arterial em pacientes hipertensos. O indicado é que o exercício seja feito em uma intensidade entre 65% e 75% da frequência cardíaca máxima, a qual deve ser estabelecida preferencialmente por meio de um teste de esforço cardiopulmonar
(teste ergoespirométrico).
Exercícios de resistência não estão associados a redução da pressão arterial e não deve ser o modo primário de exercícios para o paciente hipertenso. Mas, por outro lado, eles não provocam uma piora da pressão na maior parte dos pacientes e não devem ser excluídos do programa de treino, devido à importância que têm para a
manutenção da saúde e das funções musuloesqueléticas.
O treino de força deve priorizar exercícios com menos intensidade e maior número de repetição. Exercícios de alta intensidade mais provavelmente levarão a um aumento inaceitável da pressão. Ainda assim, mesmo exercícios estáticos de baixa intensidade podem resultar em pressão arterial diastólica elevada.
Os exercícios não devem levar a um aumento na pressão diastólica maior do que 20 mmHg acima da pressão de repouso nem a um valor absoluto de pressão arterial diastólica ≥120 mm Hg. Também não devem levar a um aumento da pressão sistólica acima de 200 mmHg. Caso isso aconteça, os exercícios de resistência devem ser
modificados conforme demonstrado abaixo.