Analgésicos não opióides

Médico ortopedista especialista em joelho e médico do esporte

Analgésicos não opióides

Os analgésicos não opióides são a primeira linha para o tratamento da dor, devido a sua eficácia analgésica e relativa segurança quando comparado a outras drogas. Os mais utilizados são o Paracetamol e a Dipirona.

Paracetamol

O paracetamol, ou acetaminofeno, é um dos analgésicos mais utilizados no mundo. Seu mecanismo de ação está pouco elucidado, existindo diversas teorias para isso. Ele atua predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas no Sistema Nervoso Central e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso perifericamente. Diferencia-se dos anti-inflamatórios clássicos por não apresentarem ações anti-inflamatórias nem anticoagulantes significativas, além de não apresentarem efeitos gastrointestinais adversos quando utilizados em doses terapêuticas.

O principal risco relacionado ao uso de paracetamol está relacionado a função do fígado. A dose terapêutica está próxima da dose tóxica, e pacientes que tomam múltiplas doses de produtos que contêm paracetamol e excedem a dose máxima de 4 gramas/dia estão sob risco de desenvolverem problema no fígado. O risco é maior em alcoólatras, e pacientes em uso de paracetamol não devem consumir bebidas alcoólicas durante o tratamento.

Dipirona

A dipirona é o fármaco mais prescrito no Brasil para o tratamento da dor, mas seu mecanismo de ação analgésico assim como no caso do paracetamol ainda não está definitivamente elucidado. Apresenta efeito tanto no sistema nervoso central como periférico, e também em diferentes níveis de processamento da informação dolorosa.

Sua comercialização tornou-se mundialmente crescente até a década de 70, quando foram relatados casos graves de agranulocitose, uma condição clínica de déficit imunológico potencialmente fatal. A dipirona foi banida da Suécia em 1974 e dos Estados Unidos em 1977. Mais de trinta países incluindo Japão, Austrália e a maioria dos países integrantes da União Européia seguiram o mesmo caminho.

A agranulocitose, porém, é bastante rara e sua incidência oscila entre 0,2 a 2 casos por milhão de pessoas/dia de uso, de forma que a dipirona continua sendo uma das drogas mais prescritas ao redor do mundo.
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